quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Rousseau


Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 28 de Junho de 1712Ermenonville, 2 de Julho de 1778) foi um filósofo, escritor, teórico político e um compositor musical autodidata suíço. Uma das figuras marcantes do Iluminismo francês, Rousseau é também um precursor do romantismo. Ao defender que todos os homens nascem livres, e a liberdade faz parte da natureza do homem, Rousseau inspirou todos os movimentos que visaram uma busca pela liberdade, mas que se tornaram ditaduras. Incluem-se aí as Revoluções Liberais, o Marxismo, o Anarquismo etc.
Não chegou a conhecer a própria mãe, que faleceu após o trabalho de parto. Era filho do relojoeiro calvinista Isaac Rousseau, cujo avô era um huguenote e tinha fugido da França. O pai de Rousseau saiu de casa quando ele tinha 10 anos, de modo que ele teve uma juventude agitada. Ele morou em lugares diferentes e soube desde pequeno o que era ser explorado e maltratado, deparando-se com a necessidade de trabalhar.
O menino Jean-Jacques aprendeu a ler e a escrever ainda muito novo, influenciado pelo pai. Mais tarde, fora aluno do Pastor Lambercier, de rígida disciplina moral e religiosa.
Relatou, no fim de sua vida, o quanto gostava dos passeios pelos campos e bosques. Vaguear pela natureza era um grande prazer na vida do menino Rousseau.
Na adolescência, encontrando os portões da cidade fechados, quando voltava de uma de suas saídas, opta por vagar pelo mundo. Acaba tendo como amante uma rica senhora e, sob seus cuidados, acaba estudando música e filosofia. Longe de sua protetora, que agora estava em uma situação financeira ruim e com outro amante, ele parte para Paris.
Havia inovado muitas coisas no campo da música, o que lhe rendeu um convite de Diderot para que escrevesse sobre isso na famosa Enciclopédia. Além disso, obteve sucesso com uma de suas óperas, intitulada O Adivinho da Vila. Aos 37 anos, participando de um concurso da academia de Dijon cujo o tema era: "O restabelecimento das ciências e das artes terá favorecido o aprimoramento dos costumes?", torna-se famoso ao escrever respondendo de forma negativa o Discurso Sobre as Ciências e as Artes, ganhando o prêmio em 1750.
Após isso, Rousseau, então famoso na elite parisiense, é convidado para participar de discussões e jantares para expor suas idéias. Ao contrário de seu grande rival Voltaire, que também não tinha o sangue azul, aquele ambiente não o agradava.
Rousseau tem cinco filhos com sua amante de Paris, porém, acaba por colocá-los todos em um orfanato. Uma ironia, já que anos depois escreve o livro Emílio, ou Da Educação que ensina sobre como deve-se educar as crianças.
O que escreve como peça mestra do Emílio, a "Profissão de Fé do Vigário Saboiano", acarretar-lhe-á perseguições e retaliações tanto em Paris como em Genebra. Chega a ter obras queimadas. Rousseau rejeita a religião revelada e é fortemente censurado. Era adepto de uma religião natural, em que o ser humano poderia encontrar Deus em seu próprio coração.
Entretanto, seu romance A Nova Heloísa mostra-o como defensor da moral e da justiça divina. Apesar de tudo, o filósofo era um espiritualista e terá, por isso e entre outras coisas, como principal inimigo Voltaire, outro grande iluminista. Em sua obra Confissões, responde a muitas acusações de François-Marie Arouet (Voltaire). No fundo, Jean-Jacques Rousseau revela-se um cristão rebelado, desconfiado das interpretações eclesiásticas sobre os Evangelhos. Sempre preferia uma frase:"Quantos homens entre mim e Deus!", o que atraía a ira tanto de católicos como de protestantes.
Politicamente, expõe suas idéias no Contrato Social. Procura um Estado social legítimo, próximo da vontade geral e distante da corrupção. A soberania do poder, para ele, deve estar nas mãos do povo, através do corpo político dos cidadãos. Segundo suas idéias, a população tem que tomar cuidado ao transformar seus direitos naturais em direitos civis, afinal "o homem nasce bom e a sociedade o corrompe".
Depois de toda uma produção intelectual, suas fugas às perseguições e uma vida de aventuras e de erros, Rousseau passa a levar uma vida retirada e solitária. Por opção, ele foge dos outros homens e vive uma vida de certa misantropia. Nesta época, ele dedica-se à natureza, que sempre foi uma de suas paixões. Seu grande interesse por botânica, o leva a recolher espécie e montar um herbário. Seus relatos desta época estão no livro "Devaneios de Caminhante Solitário".
Rousseau termina por falecer aos 66 anos, em 2 de julho de 1778, onde estava hospedado, no castelo de Ermenonville. Entretanto, até os dias de hoje, ele ainda é um provocador, que leva muitos a acreditarem na bondade natural do ser humano e de como a sociedade acaba destruindo essa bondade. E, por muitos, não é esquecido por sua forte crítica à propriedade privada, como causa da miséria entre as pessoas. Rousseau foi um iluminista à parte, talvez pelas suas próprias experiências desde a infância.

Principais obras

- Discurso Sobre as Ciências e as Artes
- Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens
- Do Contrato Social
- Emílio, ou da Educação
- Os Devaneios de um Caminhante Solitário




Frases

- "O mais forte não é suficientemente forte se não conseguir transformar a sua força em direito e a obediência em dever"
- "Vosso filho nada deve obter porque pede, mas porque precisa, nem fazer nada por obediência, mas por necessidade"
- "A razão forma o ser humano, o sentimento o conduz."
- "O homem de bem é um atleta a quem dá prazer lutar nu."
- "O maior passo em direção ao bem é não fazer o mal."
- "Bastará nunca sermos injustos para estarmos sempre inocentes?"
- "A paciência é muito amarga, mas seus frutos são doces."
- "As boas ações elevam o espírito e predispõem-no a praticar outras".
- "Quem enrubesce já é culpado; a verdadeira inocência não tem vergonha de nada."
- "O ser humano verdadeiramente livre apenas quer o que pode e faz o que lhe agrada." 
Pedagogia.
    Pressupostos básicos: Os pressupostos básicos de Rousseau com respeito à educação eram a crença na bondade natural do homem, e a atribuição à civilização da responsabilidade pela origem do mal. Se o desenvolvimento adequado é estimulado, a bondade natural do indivíduo pode ser protegida da influência corruptora da sociedade.
    Conseqüentemente, os objetivos da educação, para Rousseau, comportam dois aspectos: o desenvolvimento das potencialidades naturais da criança e seu afastamento dos males sociais. O mestre deve educar o aluno baseado nas suas motivações naturais. "Logo que nos tornamos conscientes de nossas sensações, estamos inclinados a procurar ou evitar os objetos que as produzem", diz ele.
    Método: Essencialmente o mestre deve educar o aluno para ser um homem, usando a estrutura provida pelo desenvolvimento natural do aluno, enquanto ao mesmo tempo mantendo em mente o contexto social no qual o aluno eventualmente será um membro. Isto somente pode ser conseguido em um ambiente muito bem controlado.
    As mães deveriam amamentar e fortificar o corpo de suas crianças por meio de testes severos de força física e resistência.
    Seu método de educação era o de retardar o crescimento intelectual: ele demandava a criança demonstrar seus próprio interesse em um assunto e fazer suas próprias perguntas; no estágio da puberdade, no entanto, a sensibilidade do jovem deveria ser educada. O adolescente aceitaria com confiança um contrato livre e recíproco de amizade com seu mestre, que poderia então ajuda-lo a descobrir as alegrias da religião e as dificuldade de lidar com a sociedade.
    O ambiente em que o aluno vive deve ser tal que não haja nenhuma restrição física que não venha do próprio aluno, e depois que desenvolve cognitivamente, até os 15 anos não deveria haver qualquer restrição moral em seu ambiente. O objetivo é que o aluno desenvolva plenamente seu Eu natural. Obviamente, uma tal educação só seria possível se o aluno fosse totalmente isolado da sociedade e não tivesse contacto social, senão com seu mestre.
    O aluno somente entraria na sociedade quando a tendência para a socialização surgisse como uma de suas necessidades naturais. Isto aconteceria na adolescência, após o desenvolvimento da razão. Diz Rousseau "Ele antes tinha apenas sensações, agora ele julga." Então o aluno experimenta um desejo de companhia e lhe será permitido desenvolver relacionamento pessoal. Então ele vai estudar história e religião.
    Finalmente ele vai entrar "na sociedade educada de uma grande cidade". Ele agora poderá entender o que significa ser um cidadão.
O Émile: No Émile ele apresenta o cidadão ideal e os meios de treinar a criança para o Estado de acordo com a natureza, inclusive para um sentido de Deus.
    A criança Émile deve, portanto, ser criada em um meio rural em vez de em ambiente urbano, de modo que ela possa desenvolver em continuidade com a natureza mais que em oposição a ela. Os primeiros impulsos da criança são permitidos a desenvolver mas são canalizados para um respeito genuíno para com as pessoas, um respeito nascendo do amor próprio e não do orgulho.
    Émile, que laboriosamente adquiriu um senso de propriedade (bem à John Locke) enquanto cultivando seu jardim, descobre a vida difícil de um trabalhador quando se torna aprendiz de um carpinteiro.
    Trazido a comunidade por uma tendência natural, ou simpatia para com aqueles ao seu redor, Émile desenvolve um senso moral, e uma necessidade no sentido da perfeição e do crescimento interior permite-lhe elevar-se acima das paixões e alcançar a virtude. Então, através de Sofia, Émile descobre a natureza do amor. Ele tem que deixa-la, no entanto, para completar sua educação política, a qual requeria procurar através do mundo pelo país que melhor serviria a sua futura família.
    Curiosamente, o único livro que se permite a Émile na sua educação é o Robison Crusoe de Daniel Defoe, o qual nele mesmo demonstra o caminho no qual o caráter amadurece em harmonia com a natureza se a engenhosidade natural é permitida trabalhar desimpedida da corrupção da sociedade.
O método de Rousseau foi a inspiração, começando com Pestalozzi, de métodos universais pedagógicos.

Livro Quinto

            Rousseau começa o livro quinto falando que Sofia deve ser mulher assim como Emílio é homem, ou seja, os dois devem atuar na sociedade de acordo com seu respectivo papel homem ou mulher. Apesar disso, são semelhantes uma vez que ambos têm as mesmas necessidades, mesmos desejos, mesmos anseios, diferenciando-se, porém, no que se diz respeito ao sexo, culminando assim na semelhança da espécie e na oposição do sexo.
            Na diversidade dos sexos, o sexo masculino tende a ser ativo e forte e o sexo feminino passivo e fraco. Com essa linha de pensamento, percebe-se que a mulher é feita para agradar o homem. No entanto a força da mulher está nos seus encantos, pois através deles que a mulher conquista, agrada o homem e o escraviza. Isso mostra que o caráter e o temperamento do homem e da mulher são diferentes, refletindo assim na educação que cada um deve receber.
            Uma questão que o autor aborda é que as mulheres dizem que são educadas para serem fúteis. No entanto em seguida o autor reflete: “desde quando são os homens que tratam da educação das jovens? Que impede as mães de as educarem como lhes agradem?” (ROUSSEAU, 2004, p. 431). Apesar de apresentar argumentos que mostram que a educação da mulher é passada de mãe para filha, de modo que elas têm a liberdade de escolher como educá-las, afirma que se elas desejarem uma educação semelhante a do homem, eles concordarão, uma vez que elas passariam a ser submissas.
            A partir do que foi exposto, Sofia foi educada para ser esposa, aprendendo a fazer trabalhos manuais de corte e costura, renda e todas as atividades do lar. Com as palavras do autor “feita para ser um dia mãe de família (...)” (ROUSSEAU, 2004, p. 473) Sofia foi educada para agradar o marido e um de seus principais deveres era o da limpeza, pois “não há no mundo objeto mais nojento do que uma mulher pouco limpa e o marido que se desgosta dela tem sempre razão.” (Id., ib.). Educada para governar a casa, ela não poderia apresentar sabedoria maior que a do marido, dando a ele o prazer de ensiná-la, além de valorizar seus conhecimentos.
            Continuando o livro, o autor relata a história de Emílio em busca de seu amor, no qual acaba encontrando Sofia, porém não se apaixonam, apesar de terem sidos feitos um para o outro. Em uma viagem, Emílio encontra outra Sofia, apaixonando-se e cansando em poucos meses. Porém surge um conflito entre os dois, onde Emílio resolve se afastar fazendo algumas viagens pelo mundo. O livro termina com Emílio contando para seu mestre que será pai e que fará de tudo para sua criança ter uma educação como a dele.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A mulher na idade média

A participação e o lugar da mulher na História foram negligenciados pelos historiadores por muito tempo. Elas ficaram à sombra de um mundo dominado pelo gênero masculino. Ao pensarmos o mundo medieval e o papel desta mulher, esse quadro de exclusão se agrava ainda mais, pois alem do silêncio que encontramos nas fontes, os textos que muito raramente tratam o mundo feminino estão impregnados pela aversão dos religiosos da época por elas.
Na Idade Média, a maioria das idéias e de conceitos eram elaborados pelos Escolásticos. Tudo o que sabemos sobre as mulheres deste período saiu das mãos de homens da Igreja, pessoas que deveriam viver completamente longe delas. Muitos clérigos consideravam-nas misteriosas, não compreendiam, por exemplo, como elas geravam a vida e curavam doenças utilizando ervas.
A história das mulheres na Idade Média é um tema que foi por muito tempo desprestigiado pelos historiadores, mas, atualmente, por ser rico e pródigo em possibilidades de estudo, vem atraindo a muitos estudiosos, inclusive de outras áreas, como teólogos e sociólogos.
Na Idade Média, a maioria das idéias e dos conceitos era elaborada pelos eclesiásticos. Esses homens possuíam acerca da mulher uma visão dicotômica, ou seja, ao mesmo tempo em que ela era tida como a culpada pelo Pecado Original, a Virgem Maria foi a mulher que deu ao mundo o salvador e redentor dos pecados. Mas, por que os clérigos tinham essas idéias sobre a mulher?
O conceito dicotômico feminino está presente no cristianismo desde de sua consolidação. Durante o período de sua afirmação como religião, o cristianismo sofreu um processo de cristalização baseado em um doutrina ascética e repressora, como reflexo das diversas ideologias presentes nos trezentos anos que levou para se estabelecer. A desconfiança sobre a carne, intrinsecamente ligada a figura feminina, e sobre o prazer sexual era encontrada nas filosofias platônica, aristotélica, estóica, pitagórica e gnóstica. Essas filosofias foram amplamente utilizadas pelos Pais da Igreja (João Crisóstomo, Jerônimo e Agostinho, dentre outros) para dar embasamento filosófico a doutrina cristã. 


A mulher na idade moderna

As mulheres não estavam satisfeitas com os resultados da segunda fase do feminismo – que reivindicava sobretudo a liberação sexual – em comparação com a primeira fase (voto, ensino, independência econômica). Precisamente em 2005, na Conferência Mundial da Mulher organizada pela ONU, alguns movimentos feministas começaram a postular e a louvar mais a diferença e a complementaridade do que a igualdade radical. É o neofeminismo.
O fato de que a mulher tenha se incorporado massivamente ao mercado de trabalho não quer dizer que todas devam ou desejem fazê-lo. Trata-se, pois, de gerar graus de flexibilidade nas estruturas sociais para que estas se adaptem à família e a suas necessidades, e não o contrário.
A legislação e algumas medidas tomadas parecem mais focadas em fomentar o ingresso das mães ao mercado de trabalho do que acrescentar um verdadeiro apoio à família, que permita escolher com liberdade entre permanecer em casa ou conciliar o trabalho do lar com outro externo.
Pouco a pouco está surgindo um novo feminismo integrador. É o feminismo da complementaridade, da cooperação com o marido em todos os âmbitos da vida familiar, cultural, empresarial e social – que requer um conjunto de mulheres aptas a ele, em postos chaves de decisão (legislativo, trabalhista, político e empresarial) e uma sensibilidade especial por parte do marido para entender essa realidade e apoiar essas mudanças.
Duas idéias-chave podem torná-la realidade: a mulher já está no mercado de trabalho e não o deixará, e a família é de ambos, homem e mulher, pai e mãe. 

A mulher na idade contemporânea

A mulher e a sua “mediocridade” na sociedade

Até ao século XX, altura em que ocorreu uma transformação na obstetrícia e o controlo da natalidade, as mulheres passavam grande parte das suas vidas grávidas.
A mulher era vista apenas como um utensílio que tinha como únicas utilidades: parir, criar e educar. O filósofo grego Platão considerava a natureza das mulheres inferior à dos homens, na “capacidade para a virtude”, a mulher era então vista por ele como um ser sem raciocínio, comparando-a até aos escravos.
Não tinham poder de escolha/decisão em nada nas suas vidas, nem o marido podiam escolher, limitando-se a serem escolhidas e até a serem passadas para outro se o marido assim o entendesse.
As suas obrigações eram venerar o marido, educar e criar os filhos, cuidar da casa e manter-se submissa ao seu marido.

Ano 20 – A era do jazz


Uma década de prosperidade e liberdade, animada pelo som das jazz bandas e pelo charme das mulheres modernas da época, que frequentavam os salões e traduziam no seu comportamento e modo de vestir o espírito da também chamada “Era do Jazz”.
Anos – 30   Tempos de Crise
Diferentemente dos anos 20 do século XX, que havia destruído as formas femininas, os anos 30 redescobriram as formas do corpo da mulher, através de uma elegância refinada, sem grandes ousadias. 
Anos – 40 A Moda e a Guerra
Em 1940, a Segunda Guerra Mundial já havia começado na Europa. A cidade de Paris, ocupada pelos alemães em Junho do mesmo ano, já não contava com todos os grandes nomes da alta costura e seus ateliers. Muitos estilistas mudaram-se, fecharam os seus ateliers ou mudaram-nos para outros países.
 Anos 50 – A época da Feminilidade
Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 tornou-se mais feminina e sedutora, de acordo com a moda lançada pelo "New Look", de Christian Dior, em 1947. Metros e metros de tecido eram gastos para confeccionar um vestido, bem amplo e à altura dos tornozelos. A cintura era bem marcada e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e jóias. 
Anos 60 – Prenúncio de liberdade da moda
A década de 60 é um marco de mudanças no comportamento da sociedade. Inicia -se com o sucesso do rock and roll e o rebolado frenético de Elvis Presley, o maior símbolo.
Anos 70 – Moda
Nos anos 70 moda, por sua vez, continuou revolucionária com muita experimentação de materiais, cores, formas e texturas. A estética hippie ganhou espaço com a psicadélica e atingiu o mainstream (algo "que faz sucesso", "que está na moda", "que é popular", "vendável" e "comercial").
Anos 80 -  o Exagero está no ar
Os anos 80 serão eternamente lembrados como uma década onde o exagero e a ostentação foram marcas registradas. Os seriados de televisão, como Dallas, mostravam mulheres glamourosas, cobertas com jóias e por todo o luxo que o dinheiro podia pagar.

Anos 90 – A diversidade estilosa


Até a metade da década de 90, o exagero dos anos anteriores ainda influenciou a moda. Foram lançados, por exemplo, os jeans coloridos e as blusas segunda-pele, que colocaram a lingerie em evidência. Isso alavancou a moda íntima, que criou peças para serem usadas à mostra, como novos materiais e cores.Essa é uma década marcada pela diversidade de estilos que convivem harmoniosamente.






As Grandes Mulheres



O cargo de Presidente da República foi sempre de um homem, o cargo de primeiro-ministro foi ocupado por 10 homens e apenas uma vez, em 1979, por uma mulher, Maria de Lurdes Pintassilgo (num Governo de iniciativa presidencial, durante um tempo determinado).
Maria de Lurdes Pintassilgo
Betty Friedan
Nascida, 4 de Fevereiro de 1921 em Peoria, de seu nome Betty Naomi Goldstein, era mais conhecida como Betty Friedan e foi uma importante activista feminista do sec. XX.Tendo participado em vários movimentos marxistas e judaicos, em 1963, foi publicado o livro por ela escrito, “The feminine Mystique”, que deu origem à segunda vaga de feminismo, visto que foi best-seller. O livro falava do papel da mulher na indústria e na sua função de dona de casa.
Foi umas das co-fundadoras da Organização Nacional das Mulheres, nos EUA, com Pauli Murray. 


Aung San Kyi
Filha de Aung San, herói nacional da independência da Birmânia, Suu Kyi nasceu a 19 de Junho de 1945 em Rngum. O seu pai morrera quando ela tinha apenas 2 anos.

Suu Kyi vivei em Londres e em 1988 regressou à Birmânia por altura da morte de sua mãe. O seu retorno à Birmânia, coincidiu com uma manifestação/revolta popular contra a repressão política e o declínio do país, que já se arrastava há 26 anos.
Passado pouco tempo, Suu Kyi, tornou-se líder do movimento de contestação contra o regime militar.O seu partido (Liga Nacional para a Democracia), obteve a vitória nas eleições de 1990, e como consequência, foi-lhe ordenado, pela junta militar que governava o país, que ficasse em prisão domiciliária. E assim ficou até 1995, ano em que a libertaram como sinal de abertura democrática dirigido à comunidade internacional. Apesar de estar em “liberdade”, as suas liberdades individuais continuam limitadas.Durante o seu período de prisão domiciliária, Suu Kyi ganhou o prémio Sakharov em 1990 e o Prémio Nobel da Paz, em 1991.

Golda Meir
Proveniente de uma humilde família judaica, Golda nasce em Kiev, a 3 de Maio de 1898. Emigrou com a família para Milwakee, E.U.A. , em 1906, onde foi professora primária e delegada da secção americana do Congresso Judaico Mundial.  Casou-se com Morris Myerson, e em 1921 emigrou, novamente, para a Palestina, onde se tornou membro do Kibbutz de Marnavia, do partido trabalhista Mapai e militou também no Histadruth (confederação Geral do Trabalho), passando a ser a sua representante no estrangeiro, entre 1932 e 1934, nos E.U.A. .

Foi também uma das fundadoras do Estado de Israel, que se dotou de instituições democráticas, onde existia uma câmara única - Knessel- e se fundaram vários partidos políticos.O Mapai, que já foi referido atrás, o Ahduth Haavoda (União do Trabalho) e o Rafi (Movimento de Esquerda) fundiram-se em Julho de 1968, com o objectivo de formarem o Partido Trabalhista. Passado um ano, esse Partido uniu-se ao Mapam (Partido Operário Unificado) constituindo, assim, a Maarakh (Frente Operária) que funcionava como uma aliança eleitoral.

Golda foi nomeada embaixadora de Israel em Moscovo, pelo Primeiro-Ministro, David Ben Gurion.Após a morte do Presidente Levi Eshkol, 1969, Golda formou um governo, onde foi Primeira-Ministra de Israel (1969-1974).

Golda Meir, durante esse período, ignorou, as resoluções da ONU quanto à anexação israelita de Jerusalém oriental, e os acordos de paz com os regimes árabes. Ainda aplicou uma política de medidas extremas contra a OLP e contra todos os países que acolhessem os seus refugiados.Devido ao não seguimento dessas directrizes, a 6 de Outubro de 1973, iniciou-se a quarta guerra Israelo-árabe – “Guerra do Yom Kippur”. Devido à intervenção americana, Egípcios e Israelitas aceitam a 25 de Outubro de 1973 uma acordo de cessar-fogo.Golda Meir apresenta a sua demissão em Abril de 1974, devido às violentas críticas sobre a actuação na Guerra do Yom Kippur, e pelos baixos resultados obtidos nas eleições pelo Partido Trabalhista.Voltou ao mundo da política como dirigente do seu partido, a 5 de Março de 1976, e nesse mesmo ano publica a sua autobiografia, no livro “A minha vida”.Morre no dia 8 de Dezembro de 1978, em Jerusalém.
E hoje no Brasil
Temos a 1ª mulher presidente: Dilma Rousseff. O Brasil elegeu no dia 31 de outubro de 2010, a primeira mulher presidente da República. Dilma Rousseff venceu com 56,05% dos votos válidos.

BLOCH, H. Misoginia Medieval e a invenção do amor romântico ocidental. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995. p. 89 - 121.
 
  DUBY, G., PERROT, M. (dir.) História das Mulheres: a Idade Média. Porto: Afrontamento, 1990.
 
  PILOSU, M. A Mulher, a Luxúria e a Igreja na Idade Média. Lisboa: Estampa, 1995.